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    Botânica

    Gympie-Gympie: a planta australiana que causa dor por meses

    Gympie-gympie é uma planta exótica das florestas tropicais que esconde uma toxina devastadora sob sua aparência inofensiva. Basta um leve toque para desencadear uma das dores mais intensas conhecidas pela ciência.
    Por Tudo com ciência5 minutos de leitura20 de junho de 2025
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    planta gympie gympie
    Planta australiana Gympie-Gympie. Crédito da imagem: Australian Geographic
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    Imagine você caminhando tranquilamente por uma floresta tropical exuberante. Por todos os lados, você está cercado por folhas verdes e vibrantes, enquanto os sons da natureza compõem uma trilha sonora serena. No entanto, de forma repentina e inesperada, um simples toque em uma planta aparentemente inofensiva desencadeia uma dor tão intensa que pode perdurar por meses. Surpreendentemente, essa não é uma cena extraída de um enredo de ficção científica — pelo contrário, trata-se da realidade da Gympie-Gympie (Dendrocnide moroides), uma das plantas mais perigosas e, ao mesmo tempo, intrigantes do mundo.

    Origem e habitat

    A Gympie-Gympie é nativa das florestas tropicais do nordeste da Austrália, especialmente em Queensland e Nova Gales do Sul, além de algumas regiões da Indonésia e Papua-Nova Guiné. Seu nome curioso vem da cidade australiana de Gympie, onde a planta foi identificada pela primeira vez. Ela pertence à família das urticáceas, a mesma das urtigas comuns, mas com um poder de ação infinitamente mais agressivo.

    Características

    Aparência
    • Folhas: em formato de coração, com textura aveludada e coloração verde vibrante.
    • Tamanho: geralmente um arbusto de 0,1 a 1 metro de altura, mas pode atingir até 5 metros em condições ideais.
    • Frutos: pequenos, de cor branca ou vermelha, também cobertos por pelos urticantes.
    Estrutura urticante
    • Toda a planta — folhas, caules e frutos — é coberta por pelos microscópicos que funcionam como agulhas de vidro.
    • Esses pelos injetam uma neurotoxina chamada moroidina, responsável por uma dor intensa e duradoura.
    Folha em formato de coração. Foto: Steve & Alison1/Flickr
    pelos urticantes da planta australiana gympie-gympie
    Micrografia eletrônica dos pelos urticantes da gympie-gympie. Foto: Revista Galileu
    Toxina e efeitos
    • A toxina é quimicamente estável e resistente ao calor, o que significa que até folhas secas podem causar dor.
    • O contato pode provocar dor extrema, inchaço, coceira, erupções cutâneas e até choque anafilático em casos graves.
    • A dor pode durar semanas, meses ou até anos, e ser reativada por calor, frio ou toque.

    Saiba mais sobre: Plantas tóxicas

    Os pelos urticantes

    O que torna a Gympie-Gympie tão temida são, principalmente, os milhares de pelos microscópicos que cobrem toda a planta — incluindo folhas, caules e até os frutos. Esses pelos funcionam como agulhas ocas que, ao menor contato com a pele, se quebram e injetam uma neurotoxina extremamente potente chamada moroidina.

    A dor causada por essa toxina é frequentemente descrita como uma combinação entre queimadura com ácido e choque elétrico. Além disso, em muitos casos, a dor atinge seu pico entre 20 e 30 minutos após o contato e pode, infelizmente, persistir por dias, semanas ou até meses. Para agravar ainda mais, há relatos de pessoas que sentiram dores recorrentes por mais de nove meses — reativadas por estímulos como calor, frio ou simples fricção.

    Casos reais de acidentes com a planta

    A literatura médica e relatos históricos estão repletos de casos impressionantes envolvendo a Gympie-Gympie. Um dos primeiros registros data de 1866, quando o agrimensor A.C. Macmillan relatou que seu cavalo enlouqueceu e morreu duas horas após ser picado pela planta. Outro caso famoso envolve um oficial australiano que usou uma folha da planta para higiene pessoal durante uma missão no mato — ele precisou ser sedado por vários dias devido à dor insuportável.

    Cientistas que estudam a planta utilizam roupas de proteção completas, incluindo máscaras e luvas de soldador. Mesmo assim, há registros de pesquisadores que foram acidentalmente picados e precisaram de atendimento médico urgente.

    Por que a dor é tão persistente?

    A moroidina, principal componente da toxina da Gympie-Gympie, é quimicamente estável e resistente ao calor. Por essa razão, até mesmo folhas secas da planta mantêm seu poder urticante. Além disso, os pelos presentes na planta são tão finos que, frequentemente, não são completamente removidos da pele, o que faz com que permaneçam ativos por meses, liberando toxinas sempre que são estimulados.

    Adicionalmente, a toxina afeta diretamente o sistema nervoso periférico, provocando, consequentemente, uma resposta sistêmica que pode incluir sudorese intensa, vômitos, aumento da frequência cardíaca e, em casos extremos, até mesmo choque anafilático. Não é à toa, portanto, que a planta recebeu o apelido de ‘planta do suicídio’.

    Medidas de prevenção e tratamento

    A melhor forma de evitar os efeitos devastadores da Gympie-Gympie é, simplesmente, não tocá-la. Em áreas onde a planta é comum, há, geralmente, sinalizações de alerta e, em alguns casos, até mesmo cercas de proteção. Além disso, para aqueles que trabalham em campo, o uso de roupas protetoras é absolutamente indispensável.

    Porém, caso o contato ocorra, o tratamento imediato envolve, primeiramente, a aplicação de ácido clorídrico diluído, com o objetivo de neutralizar a toxina. Em seguida, recomenda-se a remoção cuidadosa dos pelos urticantes com cera depilatória. No entanto, mesmo com todos esses cuidados, a dor pode, infelizmente, persistir por um longo período.

    Curiosidades e estudos científicos

    Apesar de sua fama assustadora, a Gympie-Gympie tem despertado o interesse da comunidade científica. Pesquisadores estudam sua toxina na esperança de desenvolver novos analgésicos ou tratamentos neurológicos. A moroidina, por exemplo, é uma molécula única que interage com os receptores de dor de forma ainda não totalmente compreendida.

    Além disso, a planta possui um papel ecológico importante. Seus frutos são consumidos por alguns animais nativos que, curiosamente, parecem imunes à toxina. Isso levanta questões fascinantes sobre coevolução e adaptação biológica.

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