Culex quinquefasciatus

Esse mosquito é importante no Brasil por ser o vetor biológico do verme causador da filariose linfática (Elefantíase)
Vetor biológico da Filariose linfática ou Elefantíase

Culex quinquefasciatus provoca incomodo ao homem por suas picadas, necessárias para completar o repasto sanguíneo e o ciclo reprodutivo. Esse problema esta geralmente associado às áreas urbanas com deficiências de saneamento, pois o mosquito se prolifera em águas poluídas, ricas em matéria orgânica, embora possa também ser encontrado em águas pobres desse conteúdo.

Os habitantes das proximidades dos criadouros sofrem diretamente os impactos da infestação. A atividade desse mosquito hematófago inicia-se com o crepúsculo vespertino, atingindo o pico por volta da meia-noite, e decresce ate o crepúsculo matutino. A espécie exerce hematofagia tanto no ambiente externo quanto no interior das moradias, perturbando o sono das pessoas.

Culex quinquefasciatus é importante no Brasil por ser o vetor biológico comprovado da Wuchereria bancrofti, agente etiológico da filariose linfática em humanos.

 

| Classificação Taxonômica

 

Reino: Animallia

Filo: Arthropoda

Classe: Insecta

Ordem: Diptera

Família: Culicidae

Gênero: Anopheles

culex, assim como qualquer outro culicídeo, são  holometabólicos – desenvolvem-se  por metamorfose completa    (ovo, larva, pupa e adulto).

As fêmeas grávidas são atraídas as coleções aquáticas, geralmente estagnadas e poluídas, onde depositam os ovos agrupados em forma de jangadas, que são vistas flutuando na superfície da água

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Ovos – As jangadas de ovos recém-ovipostas apresentam coloração clara, tornando-se mais escuras ate a eclosão. O período entre oviposição e eclosão e de um a três dias, variando com a temperatura.

Larvas – As larvas passam por quatro estádios de desenvolvimento, durante os quais se alimentam intensa e continuamente. Frequentam a superfície líquida e respiram pelo sifão, cuja extremidade, ao romper a tensão superficial, tem contato direto com o ar atmosférico. Ao serem incomodadas, como defesa, afundam bruscamente no criadouro. O tempo transcorrido entre o primeiro e o ultimo estádio dura em media dez dias. Porém, esse período depende da temperatura e da quantidade de alimento disponível, entre outros fatores.

Pupas – As pupas nadam ativamente, frequentam a superfície do criadouro e respiram com as extremidades do par de trompas para fora do liquido. Não se alimentam e suas reservas acumuladas na fase larvária são consumidas no processo de transformação em adulto. O tempo médio desta fase e de cerca de dois dias, na dependência da temperatura e de outros fatores.

Adultos – Assim que o individuo completa o desenvolvimento no interior do da pupa, esta fica imóvel na superfície da água. Abre-se uma fenda longitudinal no seu dorso, por onde o adulto abandona o antigo exoesqueleto. O mosquito recém-emergido mantém-se em repouso por algumas horas ate se processar o endurecimento da cutícula, a partir de quando estará apto ao voo.

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Os machos alimentam-se de fluídos vegetais. Fecundam as fêmeas  geralmente em voos nupciais. Vivem menos tempo que as fêmeas.

Após 24 horas, as fêmeas estarão aptas a fecundação, que geralmente ocorre ao anoitecer, no interior dos enxames.

As fêmeas do culex possuem hábito hematofágico noturno. Depois de dois a três dias do repasto sanguíneo, a fêmea estará apta para a oviposição. Nessa fase, é orientada por estímulos atrativos das coleções hídricas, que servirão de locais de oviposição.

As fêmeas podem viver até dois meses. Podem voar centenas de metros a partir dos criadouros de onde emergem, na dependência da disponibilidade de fonte alimentar. Contudo, tendem a permanecer em suas proximidades.

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